O folhetim em torno da investidura espanhola prossegue com alguns laivos de ridículo para ambos os lados essencialmente envolvidos, o PP e o PSOE, e de desprestígio para o lado mais determinante da democracia enquanto sistema com proclamada dominância de valores. Não posso também deixar de sublinhar o meu espanto com a “estratégia” que Feijóo vem adotando, aliás desde o momento em que se decidiu a fazer como Rui Rio fez por cá (não impor linhas vermelhas claras em relação à extrema-direita) e em seguida com as suas aproximações mais quixotescas do que táticas a um Pedro Sánchez que visivelmente fará whatever needed para garantir a sua permanência no poder. O dia de ontem constituiu um cúmulo de fingimento de parte a parte e representou, seguramente, um momento adicional de escárnio e maldizer para a imensa maioria dos cidadãos hispânicos bem-intencionados. Até porque, com os nacionalismos a prepararem o seu regresso em força, pouco de brilhante será expectável que possa resultar de mais uns tempos de “sanchismo”.
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