Há coisas que, de tanto irem sendo repetidas, caem na aparência de uma qualquer normalidade. É o caso da situação portuguesa em matéria de estrutura populacional, designadamente quando comparada com a dos restantes parceiros europeus (e outros).
Acima, uma infografia do Eurostat, reproduzida a partir do seu excelente trabalho interativo (sobre Pessoas, Economia e Ambiente), que evidencia Portugal como o segundo país pior colocado em termos de idade média da população.
Abaixo, duas infografias mais que de algum modo desagregam a anterior ao darem nota dos diferentes posicionamentos nacionais no tocante às percentagens das respetivas populações jovem e idosa relativamente ao total, assim confirmando o preocupante caso português nas duas dimensões referidas (só ultrapassado pela Itália no contexto da dinâmica europeia em geral).
Os dados permitem obviamente analisar mais em detalhe as situações particulares dos diferentes países individualmente considerados, o que aqui não explicitarei. Não deixando de apontar o dedo, para além do doentio caso italiano (país que se afirma crescentemente como o verdadeirosick man of Europe), à Islândia (a idade média mais baixa de todas, fruto de um mix virtuoso de muitos jovens e poucos idosos) e à Irlanda e Suécia (configuração semelhante à islandesa), bem assim como à Finlândia (muitos idosos compensados por bastantes jovens), à Dinamarca e Chéquia (muitos jovens descompensados por bastantes idosos) e à melhor situação da França em relação à Alemanha, tudo num quadro de observância generalizada de idades médias altas (populações envelhecidas) em termos de comparações internacionais de outra amplitude geográfica.
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