Dia para saudar vivamente a muito oportuna e excelente edição de hoje do “Público”, largamente focada no objetivo central de produzir “um especial pelo planeta”, segundo nota dirigida pelo seu diretor David Pontes aos seus leitores e assinantes. Onde escreve:
“Ao longo dos últimos meses, as notícias têm-se sucedido como se estivéssemos a ver um filme apocalíptico entregue em fascículos. Incêndios intermináveis no Canadá, inundações na Coreia do Sul, uma cidade desaparecida no Haiti, mais florestas em cinzas em Portugal, deslizamento de terras nos Himalaias, tufões nas Filipinas...
Mais haveria e ainda assim também haveria quem pudesse encolher os ombros e achar que isto é só um outro Verão quente ou que estamos com falta de notícias. Só que também há os outros sublinhados que temos vindo a publicar, os números e as tendências da séria doença de que padece a Terra e de que as notícias citadas em cima são só os sintomas. É a erosão costeira, a subida das águas do mar, o desaparecimento dos glaciares, o colapso da circulação do Atlântico e, claro, os recordes de temperatura que não param de ser batidos.
No PÚBLICO, temos bem a noção da gravidade da situação que vivemos e que vamos acompanhando bem de perto com a única secção do país que tem como foco a crise das alterações climáticas, o Azul.
Por essa razão, achamos que nesta altura se impõe uma chamada de atenção mais forte para o que se está a passar, que nos faça dar um passo atrás em relação às notícias do dia-a-dia, para que todos possam olhar para lá da árvore e ver como a floresta está a arder. Preparámos na nossa redação uma edição especial que este sábado está nas bancas e ainda hoje no online.
Com os números, com os depoimentos, com as análises que reunimos é mais fácil ainda perceber como o nosso futuro está a ficar mais curto a cada dia de inação que passa.
Queremos estar à altura do nosso compromisso de informação com o leitor, esperando que as notícias que damos, por muito más que sejam, ajudem ao passo seguinte, o da mudança que devemos exigir a quem está à frente dos destinos dos nossos Estados.
Este é um especial de alerta, mas acima de tudo um convite à ação urgente. Como tal, todos os conteúdos são de acesso livre, o que só é possível graças ao apoio dos nossos parceiros, muito especialmente dos nossos assinantes. Para todos eles, o nosso obrigado.”
Abaixo alguns dos títulos das peças incluídas e uma infografia relativa aos desastres deste Verão, que primaram pelo seu extremismo e grande variabilidade de tipologias. “A Terra em estado crítico”, mesmo!
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