Marcelo vetou o pacote de medidas governamentais para a habitação, e muito justamente como bem aqui explicou nas respetivas essências o António Figueiredo e como bastante mais duramente explanou o diretor do “Expresso” na sua coluna (chegando mesmo a referir-se-lhe como “o mais importante [alerta de Marcelo] que ele fez nos últimos anos”). Claro que existem sempre razões do tipo das de Miguel Sousa Tavares (“Marcelo tem toda a razão nas razões invocadas para o veto ao Mais Habitação. Salvo numa: é matéria de competência do Governo, não do Presidente.”), ao que ele próprio responde certeiramente (“O que não salva a lei nem desculpa a reação do Governo.”). Com Costa a fazer constar alto e bom som que “espera ainda mais oposição de Marcelo”, como se a política se limitasse a uma interminável sucessão de jogos florais sem sentido e sem saída, estamos então assim encerrados no desesperante círculo vicioso que a vinheta de abertura tão bem ilustra. Claro que se poderá sempre vir afirmar por cima disto que a democracia encontra sempre soluções, o que já foi uma verdade mais consequente pese embora algum arrepio de caminho que o PSD vai esboçando nesta rentrée. Vem aí um ano que promete!
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