quarta-feira, 16 de agosto de 2023

O RUBLO A CAIR

 

A queda do rublo para o seu valor mais baixo em 16 meses, voltando a ultrapassar os 100 por dólar americano como ocorrera durante algum tempo no período de efeitos mais agudos do pós-invasão da Ucrânia (sendo que atualmente, e em termos gerais, a moeda russa já perdeu cerca de um quarto do seu valor face ao momento imediatamente anterior à invasão  a cotação rublo/dólar era de 75,6 a 31 de janeiro de 2022, chegou aos 126,5 a 7 de março e recuperou até 48,4 em 20 de junho, mesmo este um valor bem distante das cotações relativamente mais altas e estáveis do final do século XX e primeiros quinze anos do século XXI), indicia as cada vez maiores dificuldades que vão sendo sentidas pela economia russa (gastos militares em crescendo, impacto das sanções ocidentais, importações em aumento relativamente às exportações) e a possível chegada aos seus limites de uma fase em que tiveram efeito algumas atuações mitigadoras por parte das suas autoridades (de uma significativa agressividade estratégica em matéria de exportações de petróleo e gás, mesmo que sempre procurando premiar os mais desejados aliados chinês e indiano, a medidas dirigidas de controlo de capitais).

Não obstante termos necessariamente de assumir a diferente lógica associada às determinantes fundamentais e às evoluções registadas pela questão cambial em realidades (em simultâneo selvaticamente dirigistas e ultraliberalizantes) como as que caraterizam a economia russa, o facto aí está a merecer a devida atenção e a constituir um potencial fator de alguma esperança adicional quanto à emergência de novas aflições para o lado de Putin.



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