Atenção muito focada nas notícias que nos chegam de Varsóvia e que, parecendo confirmar as melhores estimativas das sondagens, indiciam que pode ter acontecido uma feliz viragem nas mais importantes eleições polacas desde o fim do comunismo. Fingers crossed, por enquanto, mas a expressão e as declarações de Donald Tusk em cima da divulgação da sondagem à boca da urna apontam no bom sentido, o do possível início do fim da avassaladora deriva da Polónia contra o Estado de direito e a democracia e contra a lógica e as regras de funcionamento da União Europeia de que faz parte.
As projeções apontam para uma vitória curta e em baixa do PiS (“Partido Lei e Justiça”), liderado pelo gémeo sobrante Jarosław Kaczyński e com o primeiro-ministro Mateusz Morawiecki a dar a cara, e para uma conveniente pequena quebra da direita radical (“Confederação”), que de algum modo tinha os nacionalistas de direita capturados nas matérias mais gravosas; ao mesmo tempo, sugerem uma subida da “Coligação Cívica” (KO, juntando seis partidos) e uma maioria das forças de oposição àquele bloco radical (da centrista “Terceira Via” à “Nova Esquerda”). A ser assim, Tusk acabará chamado a formar um governo alternativo ao que tão provocatoriamente exerce o poder há dois mandatos, ainda que com algum respaldo anterior; o que seria indiscutivelmente uma grande notícia para a Europa...
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