As atenções do mundo quase inteiramente voltadas para Israel e a Faixa de Gaza (acima nas capas do “Libération” destes dias), com os poderosos ocidentais a darem suporte objetivamente legitimador a Netanyahu e aos seus aliados radicais para se vingarem enquanto se desdobram em movimentações múltiplas e certamente infrutíferas para evitar o pior e o Hamas, o Hezbollah, o Irão e Putin a acusarem-nos de serem os portadores da verdadeira culpa. Enquanto isso, os povos sofrem na sua completa impotência (no caso de Israel, as vítimas viviam tranquilamente em comunidade e algumas divertiam-se animadamente; no de Gaza, os habitantes são 2,1 milhões, em 45 km2 de terra, mas 43% dos mesmos são crianças até aos 14 anos e cerca de dois terços são jovens até aos 24!); o mundo, esse “mundo imundo”, espera tranquilamente que se esgote o prazo de 24 horas dado pelo governo israelita para que mais de um milhão de palestinianos abandonem o norte de Gaza (para onde aconteceria esta impossibilidade material, segundo a ONU?). Depois assistiremos chocados a mais barbárie no conforto dos nossos sofás.
sexta-feira, 13 de outubro de 2023
UMA ESPERA QUE DESESPERA!
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