quinta-feira, 12 de outubro de 2023

BURNS E CONVERTINO, VALEU!

 

Acabei em beleza um dia pesado, cheio de pequenos e grandes compromissos e de algumas corridas entre locais. Ao início da noite, na Sala Suggia da Casa da Música, pude ouvir pela primeira vez ao vivo uma das bandas mais originais que conheço e que praticamente acompanhei desde que surgiu há mais de um quarto de século: os “Calexico” de Joey Burns (voz, inconfundível diga-se, guitarra e tanto mais) e John Convertino (drums), saídos de uma experiência conjunta nos “Giant Sand” de Howe Gelb. Sete excelentes músicos em palco, todos de presença agradável e altamente versáteis em termos instrumentais e vocais, e um conjunto muito variado de composições belíssimas (e por vezes animadíssimas) com influências do country e do jazz, do rock ou da canção latino-americana. Sendo que aqueles americanos do sudoeste (Arizona) se veem como definíveis pela ideia de “indie rock”, algo a meio caminho entre o independente e o alternativo.

 

De referir, ainda, que andam em tournée a celebrar o vigésimo aniversário do lançamento do seu “álbum seminal”, “Feast of Wire”. E foi à conta desta efeméride que fui procurar à minha estante do antigamente, onde se observa a dor de alma de uma acumulação de centenas de CD adquiridos com fervor e em devido tempo. O meu último “Calexico” data de 2012 e tal bastou para me consciencializar de quanto o mercado mudou à medida que um envelhecimento quase subterrâneo ia fazendo das suas, no caso desviando o fã de caminhos que se apresentavam consolidados.


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