segunda-feira, 15 de abril de 2019

CONVERSA ACABADA OU CONVERSA ADIADA?


(cartoons de Pierre Kroll, http ://www.lesoir.be)

Macron fala hoje aos franceses para lhes dizer o que retirou, afinal, do “grande debate” sem “questões proibidas” que lhes propôs em 13 de janeiro passado”, na carta que então lhes endereçou em resposta à crise social aberta pelos chamados “coletes amarelos e visando o relançamento do seu mandato através do que designou por um “novo contrato”. Passados três meses e um milhão e meio de reações cidadãs (segundo a estimativa oficial), percebe-se notoriamente uma clivagem no seio dos apoiantes do “macronismo”, nomeadamente entre a maioria e o executivo governamental, entre o primeiro-ministro e alguns próximos do presidente, entre visões mais à esquerda e perspetivas mais à direita. Da lucidez de um inicialmente atarantado Macron para trancher, ou seja para levar a cabo num quadro unitário uma tão difícil arbitragem entre escolhas bem alternativas, depende muito do futuro imediato da França e, por estranho que possa parecer, do futuro imediato da União Europeia (sobretudo tendo em conta quanto as posições relativamente inflexíveis de Macron condicionaram eventuais libertinagens em relação ao processo do “Brexit” e quanto é no interior do seu naipe de apoiantes que se encontram as posições mais consistentes sobre a evolução desejável para o dossiê da moeda única). Confesso-me expectante!




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