segunda-feira, 29 de abril de 2019

A DEFINITIVA AFIRMAÇÃO DE SÁNCHEZ



O meu companheiro de blogue já aqui deixou ontem os comentários mais essencialmente pertinentes sobre as eleições espanholas, mas não resisto a assinalar pessoalmente o meu alívio pelos resultados (por mais que as imensas dificuldades de formação de um governo estável comandado por Pedro Sánchez venham a concretizar-se). Aritmeticamente, os 123 lugares do PSOE mais os 42 da aliança liderada pelo “Podemos” e o do valenciano Compromís apenas careceriam de um acordo com os nacionalistas bascos (6 e 4 lugares, respetivamente para o PNV e o EH Bildu) para que o total desse tangencialmente contas certas, dispensando os catalães; mas há ainda a hipótese de os vencedores acordarem com um Junqueras na mó de baixo e que valeu 15 lugares no escrutínio de ontem. Quanto ao mais, meia dúzia de registos breves: uma vitória que já não acontecia há onze anos para o PSOE (e com quase 7,5 milhões de votos, uma subida superior a 2 milhões relativamente a 2016), uma estrondosa queda para o PP (perda de 3,5 milhões de votos), uma afirmação à direita do “Ciudadanos” (que ganha 1 milhão de votos e fica a 200 mil da representação do PP), uma entrada de leão da extrema-direita (quase 2,7 milhões de votos), uma razoável sustentação dos nacionalistas catalães de esquerda (que passam a valer mais de 1 milhão de votos, contra os não inteiramente comparáveis 630 mil de 2016) e um interessante crescimento dos nacionalistas bascos do PNV (mais 100 mil votos face a 2016). Sucedem-se as europeias, as autonómicas e as autárquicas...

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