sábado, 13 de abril de 2019

CENTENO FICA, E DEPOIS?



O novo diretor do “Expresso”, João Vieira Pereira (JVP), escreve hoje um editorial algo multidireccionado mas bastante interessante e muito em linha com a manchete escolhida para o principal caderno do jornal, em torno de um alegado convencimento de Centeno por Costa para que fique à frente das nossas Finanças na próxima legislatura. JVP toca, entre outros, quatro pontos relevantes: (i) as razões contraditórias que fazem de Centeno “uma estrela em Portugal e na Europa”; (ii) as fragilidades da economia portuguesa continuadamente “varridas para debaixo do tapete”; (iii) o “momento delicado” que a economia global atravessa, citando Christine Lagarde; (iv) a “grande incógnita” de “saber que sapatos irá Centeno usar” – perante uma dicotomia de escolhas que JVP qualifica como situadas entre os “falsos, da antiausteridade”, e os “verdadeiros, de grande discípulo da ortodoxia alemã”. E encerra o seu argumentário em girândola para dizer que “tudo isto pode ser irrelevante” se o “delicado” de Lagarde acabar realmente por ser “muito mais frágil do que gostaríamos de imaginar” – mesmo sabendo que o artigo não deixa de traduzir uma agenda, ele não deixa de estar bem visto e, sobretudo, de ser matéria para uma reflexão política séria...

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