Volto brevemente às nossas grandes questões macroeconómicas, no final de um mês que se iniciou com uma grande entrevista do ministro das Finanças – sem novidades de maior, diga-se – e que acabou por ficar marcado àquele nível pela apresentação do Programa de Estabilidade 2019-2023 por parte do ministro das Finanças. Sublinharam os analistas que se trata de um documento defensivamente filigránico, sobretudo porque “menos ambicioso” do que se parecia pretender anunciar (designadamente em termos de défice público) e porque assente em projeções construídas com base em vários pressupostos altamente discutíveis e/ou, segundo alguns, estruturalmente preocupantes (investimento público, cobertura das despesas sociais, banca e punção sobre a economia real). Um exemplo? O caso mais evidente será talvez o que se reporta ao crescimento do PIB (veja-se o eloquente gráfico seguinte, reproduzido a partir do “Parecer do Conselho das Finanças Públicas” relativo às previsões subjacentes ao Programa de Estabilidade). Os dados estão lançados, o que for soará...
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