(Não sou propriamente um admirador confesso da
personalidade política Ana Gomes. Mas aprecio-lhe a coerência e o não ter papas
na língua para denunciar algumas situações. Por isso, acho que uma eventual candidatura presidencial poderia animar as
hostes conceder a essas eleições uma pitada de sal que pode fazer bem à democracia.)
Ana Gomes está em reflexão quanto a uma sua eventual candidatura à
Presidência da República e está no seu pleno direito de não ir a reboque de
ninguém.
A Lusa publicou ontem uma notícia em que a ex-diplomata afirma não ter nada
a haver com uma tal Plataforma Cívica de Apoio à Candidatura de Ana Gomes à
Presidência da República. A sua negação de qualquer ligação a essa Plataforma
foi explícita, concisa e determinada.
A notícia da Lusa tratada pelo Público (link aqui) identifica a presença de
três personalidades associadas a essa tal Plataforma: Henrique Neto antigo
deputado do PS e ex-candidato à Presidência da República, Narciso Miranda
conhecido pela sua atribulada vida autárquica e José Ribeiro ex-autarca de Fafe.
Penso pelos meus botões e concluo que nenhum dos três tem sido especialmente crítico
da corrupção, tema por excelência de Ana Gomes. Talvez Henrique Neto na sua
candidatura à Presidência tenha cavalgado o tema. Mas rapidamente concluo que
algo une os três: coexistência problemática com o Partido Socialista.
Talvez não seja por acaso que se associam a uma Plataforma que pelos vistos
Ana Gomes não considera ser-lhe próxima.
Aqui há gato e uma vez mais as Presidenciais são vistas como um instrumento
para outras guerras que não a das ideias e da discussão do futuro do país.
Para memória futura.
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