sábado, 13 de junho de 2020

SEXTOS E TERCEIROS


Para quem ainda não tenha consciencializado a amplitude do que aí está – e parece que o Presidente da República acha que ainda são muitos nesse estado –, os últimos dados divulgados pelo Eurostat são elucidativos: Portugal é, à escala da União Europeia (UE), o sexto país com maior contração do PIB no primeiro trimestre de 2020 (3,8% em cadeia face ao último de 2019) e o terceiro em termos de quebra na evolução do emprego, registando em ambas as variáveis comportamentos mais negativos do que a média da UE e da Zona Euro. Apenas para início de conversa, julgo que estaremos falados.

De sublinhar ainda, em matéria de crescimento económico, que apenas quatro países não registaram diminuição no ritmo de criação de riqueza (Irlanda, largamente distanciada de todos os outros, e Roménia, Bulgária e Suécia) e que os três piores casos são alguns dos nossos principais companheiros do Sul (França, Itália e Espanha, esta também campeã negativa no domínio do emprego).

Aproveitando a boleia, e porque ontem foi dada a conhecer a lista de secretários de Estado de João Leão, quero daqui saudar o nome de João Nuno Mendes, que regressa dezoito anos depois a um governo do PS (fora secretário de Estado do Planeamento no segundo governo de António Guterres, entre 1999 e 2002, onde então se revelou como uma das maiores promessas técnico-políticas da área socialista, o que foi depois confirmando no Grupo Amorim e à frente das Águas de Portugal, designadamente). “É importante podermos dar um contributo neste momento económico difícil”, não é João Nuno? Que tudo lhe saia de acordo com a sua competência, dedicação e capacidade de trabalho!

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