(Uma curta para situar o alcance de um tweet o economista
Martin Ravallion, interrogando-se sobre o desempenho do Vietname em termos de
coronavírus. Talvez um bom exemplo de “capabilities” ainda não
devidamente trabalhadas e compreendidas.)
Martin Ravallion é um economista do desenvolvimento com vasto trabalho como
quadro superior do Banco Mundial e atualmente professor na Georgetown
University, Washington USA. Tem um vasto conhecimento das economias em
desenvolvimento, muitas das quis calcorreou em trabalho para o Banco Mundial.
Há dias no Tweeter interrogava-se assim (fazendo-se eco de uma notícia da
CNN:
“Acerca do êxito do Vietname na contenção
do vírus e na prevenção de mortes: como é que um país de 97 milhões de pessoas
não reportou nenhuma morte relacionada com o coronavírus e no passado sábado
tinha apenas 328 casos confirmados, apesar da sua longa fronteira com a China e
os milhões de chineses que recebe todos os anos?”
O Vietname tem uma longa história de caso particular nos rumos do
desenvolvimento, fazendo parte daquele grupo de países que mandou ás malvas os
princípios do Consenso de Washington e enfrentou a reglobalização dos anos 80 e
90 com uma política económica amigável do crescimento e do desenvolvimento, sem
abdicar, antes pelo contrário, do papel seletivo do Estado.
Os seus resultados em termos de COVID-19 são notáveis.
Passa a fazer parte da minha base de referências para abordar os
desempenhos diferenciados na abordagem à pandemia com base no modelo das capabilities.
E até sou capaz de intuir que as condições que tornaram possível a sua
vitória contra os Estados Unidos na guerra cuja letalidade foi bem inferior à
do COVID-19 permitira, ao país consolidar “capabilities” que admito
cruciais para o bom êxito da sua resposta.
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