terça-feira, 2 de junho de 2020

CAPABILITIES (TAKE 4)



(Uma curta para situar o alcance de um tweet o economista Martin Ravallion, interrogando-se sobre o desempenho do Vietname em termos de coronavírus. Talvez um bom exemplo de “capabilities” ainda não devidamente trabalhadas e compreendidas.)

Martin Ravallion é um economista do desenvolvimento com vasto trabalho como quadro superior do Banco Mundial e atualmente professor na Georgetown University, Washington USA. Tem um vasto conhecimento das economias em desenvolvimento, muitas das quis calcorreou em trabalho para o Banco Mundial.

Há dias no Tweeter interrogava-se assim (fazendo-se eco de uma notícia da CNN:

Acerca do êxito do Vietname na contenção do vírus e na prevenção de mortes: como é que um país de 97 milhões de pessoas não reportou nenhuma morte relacionada com o coronavírus e no passado sábado tinha apenas 328 casos confirmados, apesar da sua longa fronteira com a China e os milhões de chineses que recebe todos os anos?”  

O Vietname tem uma longa história de caso particular nos rumos do desenvolvimento, fazendo parte daquele grupo de países que mandou ás malvas os princípios do Consenso de Washington e enfrentou a reglobalização dos anos 80 e 90 com uma política económica amigável do crescimento e do desenvolvimento, sem abdicar, antes pelo contrário, do papel seletivo do Estado.

Os seus resultados em termos de COVID-19 são notáveis.

Passa a fazer parte da minha base de referências para abordar os desempenhos diferenciados na abordagem à pandemia com base no modelo das capabilities.

E até sou capaz de intuir que as condições que tornaram possível a sua vitória contra os Estados Unidos na guerra cuja letalidade foi bem inferior à do COVID-19 permitira, ao país consolidar “capabilities” que admito cruciais para o bom êxito da sua resposta.

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