Poucos cidadãos do Grande Porto não têm uma qualquer via que os leve à Efacec, sejam os fundadores irmãos Ricca e o seu entorno social, Leça do Balio e a Via Norte, a FEUP, um tio engenheiro, o elevador, reminiscências de uma exploratória presença na China ou tão só um nome invariavelmente familiar porque assinalado em tantos locais de passagem. Além disso, e tão ou mais importante, a Efacec tornou-se um reconhecido alfobre de talentos da engenharia portuguesa e um caso relevante da moderna história industrial nacional.
O meu arquivo é também todo este e foi com ele como pano de fundo que me deparei esta noite com o lancinante grito de alerta do CEO da empresa, Ângelo Ramalho, quanto ao futuro cada vez mais difícil da mesma, estrangulada como está pela dívida num contexto agravado pela presente indefinição acionista resultante da abrupta queda de Isabel dos Santos às mãos do “Luanda Leaks”. Para logo de seguida Pedro Santos Guerreiro vir acrescentar mais à carta, comentando o assunto e esclarecendo mais alguns pormenores, designadamente que a empresa já só valerá 100 milhões (como é possível?) e que a atual situação ocorre precisamente num momento em que ela funcionava sob uma liderança profissional e fazia algum turnaround em relação aos péssimos prenúncios que vinha revelando antes da chegada de Isabel dos Santos (não pelos méritos gestionários desta mas porque o seu estatuto de “maior sócio capitalista” acabou por forçar aquele profissionalismo em termos que a TMG e o Grupo José de Mello nunca tinham sido capazes de garantir).
Tudo muito mau, enfim, sendo o pior desse tudo o risco sério de desaparecimento da lenda industrial a que acima aludo e, com ele, de uma importante carteira de clientes internacionais e de uma presença e afirmação da nossa engenharia em muitos contextos de negócio à escala mundial. Mudando de registo, e na linha de um mal que nunca vem só, registe-se ainda a lamentável desistência do “Abanca” quanto àquela que era a quase concluída compra do “EuroBic” (também com presença dominante de Isabel dos Santos), uma solução que parecia magnífica na circunstância e cuja repentina inexistência só permite antever problemas complicados.
Continuam assim a suceder-se imparavelmente, neste quadro como em tantos outros para cujo conhecimento vamos sendo convocados pela comunicação social, as evidências da asneira, da subserviência e do crime em que foram fartas as duas últimas décadas da economia portuguesa.
O meu arquivo é também todo este e foi com ele como pano de fundo que me deparei esta noite com o lancinante grito de alerta do CEO da empresa, Ângelo Ramalho, quanto ao futuro cada vez mais difícil da mesma, estrangulada como está pela dívida num contexto agravado pela presente indefinição acionista resultante da abrupta queda de Isabel dos Santos às mãos do “Luanda Leaks”. Para logo de seguida Pedro Santos Guerreiro vir acrescentar mais à carta, comentando o assunto e esclarecendo mais alguns pormenores, designadamente que a empresa já só valerá 100 milhões (como é possível?) e que a atual situação ocorre precisamente num momento em que ela funcionava sob uma liderança profissional e fazia algum turnaround em relação aos péssimos prenúncios que vinha revelando antes da chegada de Isabel dos Santos (não pelos méritos gestionários desta mas porque o seu estatuto de “maior sócio capitalista” acabou por forçar aquele profissionalismo em termos que a TMG e o Grupo José de Mello nunca tinham sido capazes de garantir).
Tudo muito mau, enfim, sendo o pior desse tudo o risco sério de desaparecimento da lenda industrial a que acima aludo e, com ele, de uma importante carteira de clientes internacionais e de uma presença e afirmação da nossa engenharia em muitos contextos de negócio à escala mundial. Mudando de registo, e na linha de um mal que nunca vem só, registe-se ainda a lamentável desistência do “Abanca” quanto àquela que era a quase concluída compra do “EuroBic” (também com presença dominante de Isabel dos Santos), uma solução que parecia magnífica na circunstância e cuja repentina inexistência só permite antever problemas complicados.
Continuam assim a suceder-se imparavelmente, neste quadro como em tantos outros para cujo conhecimento vamos sendo convocados pela comunicação social, as evidências da asneira, da subserviência e do crime em que foram fartas as duas últimas décadas da economia portuguesa.
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