(Bob Moran, http://www.telegraph.co.uk)
O prestigiado “Economic Outlook” da OCDE foi recentemente dado a conhecer, sob o sugestivo título “World Economy on a Tightrope” [corda bamba]. Será talvez útil que aqui recorramos à apresentação de alguns dos seus gráficos no sentido de permitir uma cabal ilustração do tombo mundial que está a ocorrer imparavelmente diante dos nossos olhos.
As três infografias seguintes falam por si, sendo apenas de relevar como grande elemento distintivo o facto de a OCDE admitir, neste momento, duas possibilidades de cenarização: uma, mais otimista, correspondente à inexistência de uma segunda vaga da doença e traduzida numa quebra de 6% do PIB mundial (-9,1% na Zona Euro); outra, mais pessimista, correspondente ao surgimento de uma segunda vaga antes do final do ano e traduzida numa quebra de 7,6% do PIB mundial (-11,5% na Zona Euro).
Abstenho-me, pois, de mais comentários para me limitar a chamar a atenção dos gráficos relativos a Portugal que encerram este post, os quais contrapõem algum realismo negativista às estimativas governamentais e europeias: -9,4% no caso do cenário otimista e -11,3% no pessimista são valores duros e altamente preocupantes, na má companhia do regresso a um desemprego a dois dígitos como fortemente provável e da dívida pública a roçar valores não muito afastados dos 140%. Importa muito, mesmo muito, que passemos do discurso político puro e duro para uma ação responsiva, firme e competente no enfrentamento dos constrangimentos, que permanecem largamente escondidos por detrás de cortinas incapazes de filtrarem a verdade por muito mais tempo, e na definição corajosa de caminhos estratégicos e concretos de efetiva mudança.
(http://www.oecd.org e Pedro Santos Guerreiro, https://tvi24.iol.pt)
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