A entrevista de Alberto Feijóo, publicada hoje num jornal espanhol, confirma à saciedade aquela que é a minha impressão, necessariamente algo distanciada, da realidade política espanhola. Ou seja: que estamos perante aquele que será o próximo líder do governo de Espanha, quer por se tratar de um político que tem mostrado visão e obra à frente da Xunta de Galícia, estando agora em vias de mais um mandato com maioria absoluta, quer por se tratar de um conservador moderno e com convicções, bastante mais em linha com a realidade sociológica do país do que quem está. Feijóo vai dizendo as coisas certas (hoje, por exemplo, a sua insistência em que o PP não alinhe em crispações com o governo, a sua clara demarcação em relação ao Vox e a sua crítica feroz à forma como as autoridades trataram a crise epidemiológica e sanitária), Feijóo não tem pressa (como demonstrou na anterior decisão de não participar na disputa eleitoral do poder no PP), Feijóo sabe que a sua vez chegará e sabe também que ela chegará com tanta mais certeza e força quanto ele for dizendo e fazendo com conta, peso e medida o que entretanto entender que tem que ir sendo dito e feito. Só não sabemos é quando...
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