A 5 de julho de 2016 dei entrada no portão principal da CCDR-N para iniciar um mandato presidencial que me fora prometido para uma duração de ano e meio. Passaram, entretanto, quatro anos e quase quatro meses até que hoje abandono aquela função e fecho, assim, para balanço.
Mas, falando mais seriamente, não é este o momento nem o lugar para balanços pessoais, institucionais ou políticos. Apenas para sublinhar o gosto imenso que tive em servir na prestigiada Instituição que Luís Valente de Oliveira moldou e a Região do Norte de onde radico e que tão determinante é e tem de ser para o futuro do País. Como, também, para expressar convictamente um sentimento de dever cumprido, pelo menos de um exercício levado aos limites das minhas competências e capacidades. Como, e por fim, para uma palavra de reconhecimento a muita e muita gente, de dentro e de fora da “Casa”, sem poder deixar de nomear aqueles que publicamente valorizaram os contributos organizacionais e estratégicos destes anos e generosamente procuraram que não enjeitasse a hipótese da sua continuidade. Matérias, pessoas e factos a que um dia – quem sabe? – poderei voltar noutros espaços e sob formas mais explícitas e reveladoras ou, até, mais coletivamente pedagógicas em relação ao muito que ainda constrange este nosso Portugal de 2020.
Quem sabe? De momento, porém, fico-me pela citação de um parágrafo estruturador da minha mensagem de despedida: “Lamento, a terminar, a infeliz coincidência entre este meu abandono de funções e a lei que o determina, uma lei que constitui em quase todos os seus principais eixos concretos um retrocesso no sentido do desejável construtivismo de uma sociedade mais robusta e capacitada. Não desconhecendo, todavia, que a senda do progresso é sinuosa, sei que nela também cabem momentos menos gratificantes e decisões conjunturalmente desastrosas e que estes acabam, as mais das vezes, contornados pela força impositiva de uma razão melhor porque mais consequente e mais justa.”
Deixo-vos com dois mapas cartunados que marcaram muita da essência das minhas intervenções destes anos, explicativos por si sós das nossas pechas maiores (da inconsistência institucional ao centralismo) e igualmente merecedores de novas e aprofundadas incursões no próximo futuro. Por agora, that’s all, folks...
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