De entre um mar de más notícias provenientes da pandemia e das angustiantes incertezas que pairam por todo o mundo, notícias essas por cá complementadas por uma política nacional cujos contornos e movimentações já ninguém aguenta por ser pouco mais do que risível em números de circo e casos sem sentido – da polémica em torno do Tribunal de Contas (com as incursões de Marcelo e Rio a serem de molde a deixar Costa ainda mais convencido de quanto sempre consegue fazer valer a ideia da sua alodialidade) ao suspense tipo série B em torno do posicionamento do Bloco e do PCP na votação do OE (com o PS subservientemente expectante e disponível), passando pela Cimeira Luso-Espanhola de hoje a servir pratos mais do que requentados e bem indiciadores de que a cooperação transfronteiriça só ganha sentido e asas quando assenta nos protagonistas locais, entre muitos outros exemplos de irrelevância a que poupo os leitores (mas, já agora, ninguém discute as essências do Plano de Recuperação e Resiliência?) –, chega de Luanda uma informação positiva e altamente relevante: o poder judicial está a lograr uma vitória histórica sobre a “pilhagem” do Estado pela clique dirigente de José Eduardo dos Santos, mesmo que a mesma acabe por vir necessariamente a ser parcial em termos de devolução forçada dos volumes sacados (ouve-se falar em cerca de mil milhões de dólares, pelo menos para já). Devagar, devagarinho, Angola vai emitindo sinais de mudança e recomposição e, assim, de que a esperança pode finalmente ir rompendo.
domingo, 11 de outubro de 2020
MAIS ALGUM NEPOTISMO EM APUROS
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