Tratar-se-á certamente de um detalhe quase irrelevante no oceano de preocupações graves que nos invade. Mas não me pareceria aceitável que deixasse aqui passar em claro o facto divulgado esta semana, num misto entre o anedótico e o grotesco, daquele senador brasileiro amigo do presidente Jaír Bolsonaro e vice-líder do seu governo (Chico Rodrigues) que foi apanhado por uma operação policial com “dinheiro sujo” escondido na parte de trás das cuecas e entre as nádegas. Depois de tudo quanto foi dito e denunciado a propósito dos vários escândalos que envolveram o PT, confirma-se agora o que sempre foi sabido: que a alegada pureza moral dos responsáveis e apoiantes do atual regime está muito longe de ser uma realidade. Esta é também uma matéria que volta a trazer à tona a questão da corrupção como estando colocada no centro nevrálgico do funcionamento da política e da sociedade brasileira – e é assim que perdura imparável a maldição do “Grande País eternamente adiado”, endemicamente mergulhado em sucessivas expressões de “desenvolvimento do subdesenvolvimento”, mesmo quando operacionalmente concretizadas sob novas e moderníssimas formas.
segunda-feira, 19 de outubro de 2020
DINHEIRO EM CUECA SENATORIAL
(Jean Galvão, http://www.folha.uol.com.br, Cau Gomez, http://atarde.uol.com.br e Bruno Aziz, http://atarde.uol.com.br)
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