segunda-feira, 26 de outubro de 2020

A AFLIÇÃO NO REINO DOS BELGAS


A grave situação epidemiológica na Europa tem na Bélgica um muito especial “patinho feio” (a mais alta taxa de infeção COVID do ocidente europeu), decerto que largamente em resultado da sua estranha e ineficiente organização política e dos respetivos impactos negativos no funcionamento do sistema de saúde do país. Uma forma simples de evidenciar o drama em presença será a da comparação com o caso português, dada a relativa proximidade das duas nações em número de habitantes: ao dia de hoje, 277 incidências por 100000 habitantes em Portugal contra 1048 na Bélgica, isto é, cerca de quatro vezes mais neste país (avaliações comparativas idênticas seriam citáveis a propósito do número de casos e do número de mortes registados desde o inicio da pandemia). A reação das diferentes autoridades belgas tem revelado alguma desorientação perante a evolução dos acontecimentos, mas foi a recente confissão do ministro federal da Saúde aquela que mais chocou pela forma desesperada e quase impotente com que a avaliou ao referir-se ao “tsunami” em curso (aliás bem visível em tantos pequenos detalhes quotidianos de rua). Tudo isto é particularmente preocupante em si, mas necessariamente também para quem tem familiares e amigos a viver em Bruxelas, fruto da centralidade da cidade em termos de localização da maioria das sedes das instituições comunitárias e dos correspondentes serviços – os tempos não vão fáceis, tentemos descomprimir com a ajuda de Kroll!


(Pierre Kroll, http://www.lesoir.be)


(Pierre Kroll, http://www.lesoir.be)

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