Uma forma extraordinariamente chamativa de dizer tudo, em termos comparativos, quanto à dimensão da crise económica decorrente da pandemia e quanto às previsíveis tendências da recuperação económica no mundo e seus principais protagonistas nacionais. Nota para os casos muito especiais do Reino Unido na baixa de 2020 e escassa recuperação em 2021 (nível 93 face a 2019=100) e da China na manifesta exceção de um registo de crescimento no presente ano (e 2021=109), com a economia americana a cair menos em 2020 do que as restantes e a ser a única a recuperar integralmente em 2021 o seu nível de 2019 (idem para o mundo no seu todo, graças à China e a alguns emergentes); curioso, ainda, o facto de o Brasil surgir como o único dos países da amostra que se revelará praticamente incapaz de recuperar em 2021 a significativa quebra do ano em curso.
Em complemento, vejam-se abaixo algumas projeções europeias, bem reveladoras da dramática situação espanhola e da excecional resiliência e solidez comparativa dos alemães. De sublinhar que quatro dos seis países da amostra não deverão ainda ter recuperado em 2022 as perdas que serão registadas em 2020 (a Grécia estará, então, em linha e a Alemanha já em relativa velocidade ascensional de cruzeiro). A amplitude do problema económico na Europa no seu conjunto ficará talvez ainda melhor consciencializada se observarmos o gráfico mais abaixo, onde todos os países da amostra anterior (exceto a Alemanha) surgem integrados pelo FMI no conjunto dos países do mundo com maior dívida estimada no final de 2020, um indicador claro de um grande potencial de restrições significativas ao crescimento futuro.
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