sexta-feira, 26 de março de 2021

DA TELEVISÃO PÚBLICA COMO REDE SOCIAL


 Não é meu costume ser “cliente” do “Sexta às 9”, mas não há regra sem exceção e hoje foi o caso. E, independentemente do que se pense ou saiba sobre o caso EDP/barragens ou sobre o hipotético caso do hidrogénio verde, o que confirmei em direto foi que ninguém se poderá queixar do grau zero das redes sociais em Portugal enquanto existirem julgamentos destes em praça pública, sem fundamentos sólidos e competentemente analisados e com uma mescla de música dramática a dar um toque de gravidade. Sim, porque uma coisa são discordâncias em relação a primarismos políticos, a escolhas erradas, a abordagens descuidadas, a voluntarismos vaidosos ou a posicionamentos arrogantes ou marialvas e outra coisa bem diferente são acusações absolutamente não demonstradas de corrupção e tráfico de influências. O período mau que vive o ministro do Ambiente é ainda agudizado pela polémica já aqui referenciada que abriu com Miguel Sousa Tavares, sendo que quem se mete com este... (veja-se o seu editorial de hoje no “Expresso”). Sem mais delongas, e deixando a triste questão do hidrogénio para outras núpcias, limito-me ao caso da semana e nele me fico pela boa síntese feita pelo diretor do “Público” no seu editorial, registando com agrado que o próprio ministro, também hoje, já veio pôr alguma água na fervura que alimentou ao procurar diminuir em versão escrita (nas páginas do “Expresso”) o tom altitruante e perentório que vinha usando em relação à matéria.



(Henrique Monteiro, http://henricartoon.blogs.sapo.pt)

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