terça-feira, 23 de março de 2021

MAPEAMENTOS EUROPEUS


 O “Jacques Delors Institute” publicou há poucos dias uma interessante infografia sobre a realidade à vista na subsidiação europeia. Que dá bastante que pensar, diga-se. Num primeiro gráfico, evidencia-se a dimensão em causa, nela considerando não apenas o próximo Quadro Financeiro Plurianual mas também o novel “Next Generation EU” – no que nos respeita, a enormidade relativa da “bazuca” fica bem patente, aumentando a responsabilidade das nossa autoridades e de todos nós. Num segundo gráfico, temos a execução, matéria em que o nosso reconhecidamente mau posicionamento interno (vejam-se os desabafos ao “Expresso” do inefável Secretário de Estado in charge...) bate de frente contra execuções abaixo de péssimas (como são os casos da Grécia, Eslováquia e Espanha), tudo conduzindo – aqui que ninguém da burocracia técnico-política bruxelense nos ouve – a alguma razão de ser a conceder às proclamações de revisão da Política de Coesão que vão sendo produzidas por “frugais”, “visegradenses” e outros espécimes eurocéticos. Num terceiro gráfico, a atenção vai para os riscos de aproveitamento indevido dos fundos (maxime corrupção), onde imperam Hungria, Roménia e Bulgária e nos colocamos num razoável meio da tabela (apesar de tanto e tão permanente ruído, o barulho não é completamente justo e, digo eu, é sobretudo deslocado em relação ao essencial). Por fim, e estando com a mão na massa europeia (salvo seja, claro!), junto o gráfico, atualizado pelos serviços para 2019, do PIB per capita à paridade de poder de compra – onde se continua a observar o substancial afastamento das nossas regiões face à maioria das regiões comunitárias, excetuando o oásis lisboeta que se mantém pintado às cores de azul intermédio que a diferenciam de toda a restante “província”.

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