O caso Messi, ontem encerrado em Barcelona com muito choro e um merecido reconhecimento, é uma prova de que Deus por vezes se deixa adormecer mas acaba sempre por dar sinais de que está atento. Pois, e em primeiro lugar, se o homem evidenciou sentidamente o seu atual pesar, nenhum arrependimento manifestou quanto ao sofrimento que impôs naqueles dias do defeso passado em que se declarou unilateralmente de saída viesse o que viesse. Depois, e em segundo, a direção do Barcelona vê-se agora finalmente confrontada com as loucuras sucessivamente cometidas, no mínimo em nome de ganâncias desportivas injustificadas e nada edificantes. Por fim, e em terceiro, porque uma lei nacional estabelecendo um teto salarial para os jogadores (70% das receitas) veio criar as condições para dar alguma lógica de razoabilidade, equilíbrio e decência à competitividade desportiva e à justiça relativa dos títulos em disputa. Leo seguirá provavelmente para Paris, onde vaticino que não venha a conseguir ser tão feliz quanto o foi nos anos em que se afirmou como um génio da bola e um adorado símbolo da Catalunha.
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