Começam a ter o seu quê de caricatural e manifesto despropósito as incursões pseudo-reinvindicativas e largamente fora de tempo do “Norte” em torno dos fundos estruturais europeus (sejam os da habitual programação plurianual, sejam os excecionalmente ligados a uma desejável recuperação dos efeitos pandémicos). Estou, também por isso, com o meu companheiro de blogue quando se interroga sobre o mais do que provável esgotamento do modelo de tratamento da questão regional que, sob o impulso de uma desesperante inércia, continuamos a favorecer ano após ano, década após década. Tudo se assemelha cada vez mais a um patético jogo de sombras, onde o “Norte” que “pressiona Costa” é o rapaz de Caminha, esta uma vila adorável mas irrisória em termos de mínimos de representatividade simbólica e aquele um esperançoso eleito local ainda a todos os títulos domesticado pelo seu senhor de São Bento. E depois temos tudo o resto, designadamente a ausência de democraticidade e rumo em quase tudo quanto se vai dizendo e decidindo no quadro do modelo de governação em presença e suas múltiplas cambiantes nacionais, regionais e locais (assunto a que voltarei). Ou seja, e em suma, impõe-se que encaremos com outra seriedade intelectual um assunto cuja substantiva e patriótica relevância não mais se compadece com proclamações vazias, desaproveitamentos criminosos e protagonismos pífios.
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