Tudo exatamente como se previa no Congresso do PS deste fim de semana: muitos milhões para gastar disponíveis na conta bancária, muitas promessas cheias de uma seriedade inversamente proporcional à sinceridade com que se abordam determinados assuntos essenciais para os portugueses, muita proclamação de sensibilidade social para manter a “esquerda” quentinha até ao Orçamento, muita graxa em cima do Presidente da República para evitar chatices desnecessárias, muita “paz interna” que “cheirou a falso” (valeu talvez a relativa insubordinação de Pedro Nuno) e consagrou um “Congresso da unidade a brincar” (para citar Ângela Silva).
Apenas uma exceção, aliás também ela tratada com bastante pouca classe e falta de eficácia se avaliada por um marketeer com noção adequada do que anda a fazer: o chamamento de Marta Temido ao palco para lhe ser entregue o cartão de militante, condição acabada de assumir, numa mistura pouco razoável entre o tributo merecido que lhe é generalizadamente devido e o preenchimento preferencial de um espaço de debate com louvores asséticos e cheios de quase nada em termos de conteúdo político — como igualmente bem diz aquela jornalista do “Expresso”, “para quem não queria discutir o senhor que se segue, lançar Marta temido foi mesmo uma brincadeira”.
Lá reza o ditado que dos fracos não reza a história e a verdade é que este momento do socialismo português é de uma indigência que até dói! E se as autárquicas pudessem ajudar a abanar o barco?
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