terça-feira, 3 de agosto de 2021

O ERRO DE UM PINHO EMPOBRECIDO

Recebi ontem, durante a minha viagem de volta ao Continente, um daqueles avisos noticiosos que nos caem em permanência nos telemóveis, o qual rezava como acima se transcreve, isto é, dando conta do lamento de Manuel Pinho quanto ao “erro enorme” que terá sido o seu de aceitar um cargo político. Coisa de que ninguém se dera conta aquando do exercício de funções, época em que a esplendorosa alegria de Pinho era patente aos olhos de todos os que com ele lidavam ou se cruzavam (vejam-se as primeiras imagens abaixo); sendo, no entanto, que estamos sempre a tempo de rever as nossas autoanálises e de mudar de opinião, o que nem sequer é grave. Já diferente é a afirmação complementar do ex-ministro da Economia, segundo a qual “empobreci muito na política”, seja porque a mesma é indemonstrável ao padecer de uma estúpida lógica do tipo da que o povo há muito consagrou (“se a minha avó não tivesse morrido ainda hoje era viva”) seja porque as ainda não validadas acusações que sobre ele impendem apontam em sentido algo diverso (complemento do salário ministerial pago pelo BES, sacos azuis, rendas, offshores, casas, luxos vários, etc.). Esperemos pelos desenvolvimentos judiciais de toda esta história em torno do ministro agora arrependido, ele que se constituiu num verdadeiro cromo da política enquanto por lá andou (ficaram especialmente célebres o encontro “fortuito” com Phelps em piscina algarvia e aquela gafe de uma das razões para os empresários chineses investirem no nosso país ser a mão-de-obra barata) e pela forma como a abandonou (em modo de “corninhos” à oposição a partir da bancada do Governo no Parlamento).



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