domingo, 24 de julho de 2022

APELO À LEGITIMIDADE MORAL

Às vezes importa que nos interroguemos sobre os limites da legitimidade dos políticos que elegemos. Não, não me refiro obviamente à legitimidade democrática que emana do voto e que é, de algum modo, um valor absoluto (para o bem, indubitavelmente, embora com algumas expressões de perversão que o tendem a dever ser delimitado em termos relativos). Refiro-me, isso sim, a uma espécie de legitimidade “moral” que decorre da incorporação de elementos de conhecimento e competência nas decisões e, portanto, nas principais guidelines ao serviço de quem possui as rédeas de comando dos destinos de um povo (afinal a responsabilidade máxima). Veja-se no gráfico um exemplo menor, no caso a duplicação da variação das projeções da inflação nos últimos seis meses, contra a tese que o BCE ia explanando (ou, talvez melhor, timidamente ensaiando) e a que os nossos governantes (leia-se Costa e Medina) aderiram por razões de facilidade e política barata (para além da ignorância propriamente dita). Tenho a sensação de que, mesmo estando a ser politicamente incorreto, tenho aqui um ponto, por limitado que ele possa ser...

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