O mundo inteiro pergunta-se hoje como foi possível que a Alemanha (incluindo a respeitada Senhora Merkel, já que outros dos seus altos responsáveis foram mesmo envolvidos pelo lado pessoal e diretamente interessado) se tenha deixado apanhar na armadilha que hoje se reconhece lhe ter sido armada por Putin (num jogo de largo prazo, como quase sempre é apanágio dos ditadores, para quem o tempo parece uma variável manipulável). O certo é que o país, e a Europa em geral, ficaram numa sujeição quase humilhante em relação aos fornecimentos russos e que o Inverno se anuncia pouco descansado para o bem-estar das famílias e o funcionamento das empresas deste Velho Continente, com a Senhora von der Leyen a desenvolver todos os seus melhores esforços no sentido de minorar o enorme problema que tem em mãos – neste quadro, foi muito curiosa a sua resposta à pergunta de um jornalista austríaco quanto à possibilidade de ela assegurar que nenhum apartamento deixará de ter acesso a aquecimento nos invernosos dias a vir: nobody should be freezing in Europe this winter. Ao que o perspicaz analista do Eur’Activ contrapôs com propriedade que teria preferido algo mais categórico, do tipo: nobody WILL be freezing in Europe this winter. Sintomático e, simultaneamente, muito assustador!
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