Continua a haver quem persista em elogiar o Reino Unido no matter what. No caso concreto, refiro-me a quem como tal se tenha pronunciado sobre as dozes hipóteses de liderança dos Tories que se perfilaram na sequência das traições a BoJo (que, obviamente, ele tanto também fez por fomentar) e da sua inevitável demissão ― ou seja, estaríamos aqui em presença de mais um sinal de vitalidade no interior de um partido único no mundo, assim o disse, mais coisa menos coisa, Paulo Portas (entre outros). E embora tenhamos acabado de saber há poucas horas que, após uma primeira aproximação realizada junto dos respetivos parlamentares, já só ficaram oito candidaturas vivas (foto abaixo), tal não deixa de ser ainda um excesso dessa tal alegada vitalidade ou, a meu ver talvez mais adequadamente, uma tremenda duma confusão (entre ambições incompreensíveis e falta de mínimos em termos de rumo).
Resta apenas esperar que no dia 21 fiquem em cena os dois melhores de entre os oito e que um deles seja o ex-ministro das Finanças Rishi Sunak, o único que não se apressou a fazer promessas de baixas de impostos e similares e também o único cuja juventude (42 anos) e energia parecem apropriadas a um relançamento de um partido que se mantém como a melhor alternativa em presença na circunstância política que é a do Reino Unido (mesmo considerando um quadro marcado pelas incertezas trazidas pelo Brexit e, portanto, pelas amplas dificuldades que estão diante dos britânicos). Mas a vitória de Sunak não vai ser nada fácil, já que as alianças contra ele serão de vária e múltipla natureza, com duas mulheres (Penny Mordaunt e Liz Truss) a serem de momento as mais prováveis beneficiárias da barganha e confrontação sem cartel que se vão necessariamente desenrolar.
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