sábado, 2 de julho de 2022

E DEPOIS DO ADEUS?

 

Acontece este fim de semana o Congresso do PSD, na cidade do Porto para ser mais perto da casa do ainda líder Rui Rio. Este sai finalmente do lugar que ocupou, de modo quase sempre politicamente desastroso apesar da frontalidade e decência a que dominantemente recorreu, durante mais de quatro anos. O “Público” de ontem deu voz ao seu balanço pessoal do exercício em causa ― largamente autoelogioso, como seria de esperar, mas contendo o pequeno mas de que “podia ter tido mais um bocadinho de jogo de cintura aqui e acolá”. Apenas um bocadinho e só aqui e acolá, sempre convém não exagerar! A fragilidade política de Rio, que ficara à vista na sua passagem pela Câmara do Porto mas fora desvalorizada pelos portugueses da Capital por razões meramente futeboleiras, teve todavia um notável ponto de exceção: as suas muito claras vitórias, maxime não derrotas, em debates eleitorais contra António Costa. Dito isto, e formulando naturalmente os melhores votos de saúde e bom descanso ao chefe que sai de cena, confesso que ainda sou daqueles que entende que ainda não vai ser desta que o homem nos deixa ― algo me diz que ele será tentado a voltar em 2025 na perspetiva muito pessoal de não querer conformar-se a que o município da sua cidade natal possa deixar de ser governado por um cidadão de nome Rui. Um mero palpite, sejamos claros!


(a partir de Henrique Monteiro, http://henricartoon.blogs.sapo.pt)

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