Entre muitas outras coisas de determinante relevância para o futuro da Humanidade (desculpem-me o tom redondo e talvez esgotado da expressão), as eleições (mid-term) de hoje nos EUA têm previsíveis implicações quase imediatas e potencialmente trágicas em termos de uma quebra do volume do apoio ocidental à Ucrânia (decorre dos quadros acima que a potência americana isoladamente tem garantido cerca de 56% do total da decisiva assistência militar, humanitária e financeira prestada ao povo agredido pela incursão “putiniana”). Nada indica que esse cenário não possa estar iminente, inclusivamente por via de uma retoma pelos Republicanos do controlo do Senado (uma vez que a Câmara de Representantes parece um caso perdido). E o regresso de Trump à primeira linha da cena política será, desde logo, uma primeira, triste e explosiva realidade com que nos iremos defrontar (America first, again!!!), assim comprovando reiteradamente a brutal polarização que grassa no seio do povo americano, a enorme gravidade da doença que afeta a democracia americana e a dimensão dos perigos a que volta a ficar submetida alguma ordem internacional que ainda prevalece.
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