Desde os assaz lamentáveis tempos do inconcebível referendo à presença do Reino Unido na União Europeia que foram inúmeras as vezes em que aqui previmos que a referida decisão iria ser paga pelos cidadãos britânicos com língua de palmo. E muitas outras foram igualmente as ocasiões em que aqui fomos fornecendo diversos tipos de indicações empíricas relativas a evoluções socioeconómicas que tendiam a comprovar quanto não se avizinhava um futuro risonho para aquelas bandas.
Os anos foram passando, largamente dominados por uma situação político-partidária nada canónica (para dizer o mínimo...) e cujo ineditismo e nonsense quase sempre ofuscava por completo o essencial nas atenções mediáticas. E é apenas agora, num momento de acalmia proveniente da aparente normalidade associada à liderança de Rishi Sunak, que a opinião pública começa verdadeiramente a somar dois e dois, lendo os sinais e (pre)sentindo os efeitos ― sendo que, por estes dias, múltiplas têm sido as formas de o exprimir (como um original Britaly ou um recauchutado the sick man of Europe) e as ilustrações alusivas (na economia e no emprego, no comércio externo na moeda, nas finanças públicas e na dívida, nos fluxos migratórios e no serviço nacional de saúde).
Fica o registo desta nova consciência e com ele a expectativa de que dela, e de uma ação governativa mais consequente, possa resultar alguma minimização de danos. Um tema a revisitar um destes dias.
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