Um post curto para que pessoalmente aqui não deixe de cumprir com duas obrigações de que não quero de todo prescindir: por um lado, a de saudar a entrega do acervo de Manuel Correia Fernandes ― um amigo sincero, um profissional notável e um cidadão de eleição ― à Casa da Arquitetura, nos termos a que alude o último post do meu companheiro de blogue; por outro lado, a de lamentar profundamente o desaparecimento do homem bom que foi Francisco Laranjo, também ele um artista (plástico, no caso) de rara qualidade, alguém por cuja obra cedo me apaixonei desde jovem nos corredores do BPA, tendo mais tarde podido adquirir-lhe um exemplar no contexto de uma visita ao seu ateliê de Mouzinho da Silveira ocorrida na decorrência de com ele ter estabelecido uma fortuita relação pessoal nascida num jantar em Serralves e consistentemente feita de conversas avulsas numa das suas cantinas preferidas, o conceituado restaurante portuense “Rogério do Redondo” (ficou, aliás, por concretizar a marcação pós-covidiana que há meses vínhamos adiando). Duas pessoas que contam em tempos de escassez, o Manel como a esperança inesgotável que continua a ser em todos os planos por que se desdobra e o Francisco como a saudade que já é e que limitadamente irei minimizando na contemplação daquela sua obra fixada numa das minhas paredes.
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