Trago hoje aqui um apontamento interessante que retirei da excelente apresentação que Isabel Schnabel (IS) ― a economista que é membro do Conselho Executivo do Banco Central Europeu e a quem me referi num post datado de 25 de novembro passado ― protagonizou na conferência inaugural do “EMU Lab” (European University Institute), sob o grande título orientador “From laggard to leader? Closing the euro area’s technology gap”.
IS abriu deste modo o seu speech: “Como Paul Krugman notou, ‘a produtividade não é tudo, mas, no longo prazo, é quase tudo’. Até agora, a trajetória da produtividade na Zona Euro tem sido sombria.” O que surge bem ilustrado nos gráficos que abaixo se reproduzem e que a autora enquadrou assim: “Na viragem do milénio, a Zona Euro operava na fronteira da produtividade global. Mas nos anos seguintes ela caiu para níveis abaixo de outras economias como os Estados Unidos e não foi capaz de recuperar desta perda de competitividade.”
De facto, resulta muito visível o que foi o significativo catching-up europeu (aqui usando como proxy a evolução do rácio entre a produtividade de quatro grandes países da Zona Euro e a dos EUA) durante todo o período que se estendeu do pós-2ª Guerra Mundial até finais do século XX, tal como o que tem vindo a ser a quebra relativa observada nos últimos vinte cinco anos. Veremos noutra oportunidade os termos com que IS analisou as condições suscetíveis de levarem as empresas da Zona Euro a passarem de retardatárias (laggard) a líderes.
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