domingo, 24 de março de 2024

CIRCUNSTÂNCIA AZUL-E-BRANCA

 

É bem verdade que cada um é ele próprio e a sua circunstância! Por isso, aqui venho confessar que tomei ontem uma das decisões mais difíceis da minha vida: o apoio ativo à candidatura de André Villas-Boas aos Órgãos Sociais do Futebol Clube do Porto, tendo por adversária principal a lista encabeçada pelo atual presidente Jorge Nuno Pinto da Costa. Uma opção maduramente refletida, após juras íntimas de que tal nunca aconteceria e graduais razões de desagrado, primeiro, e de perplexidade e revolta, depois. Vencida ontem a hesitação que ainda me acompanhou por bastante tempo, em nome de uma gratidão que será sempre imensa e eterna, e assumida a plena consciência de que “é dos livros e da prática que nenhuma organização – empresarial, académica, política, social, cultural ou desportiva – pode sobreviver e reproduzir-se alargadamente com base em escolhas assentes na estrita continuidade de lógicas de funcionamento assentes em situações tornadas insuportáveis por manifesta caducidade”, importará agora que procure ajudar a virar a página. Na convicção de que só com mudança ― “caras novas e dotadas de uma revigorada energia, maior diversidade e maior participação, aceitação de responsáveis diferentes sem quebra de competência e experiência, abertura a ideias complementares e/ou inovadoras e implementação de um projeto mais criativo e de mais aprofundado valor para a Instituição aos diversos níveis relevantes (independência estratégica e decisional, saúde financeira e organizativa, alcance e ecletismo desportivo e um retorno estruturado à hegemonia futebolística)” ― poderemos aspirar a ter um FC Porto capaz de prosseguir, com outra força e engenho, a sua missão ao serviço da comunidade nacional, regional e local e do seu próprio e permanente engrandecimento.

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