Ainda quentinha, aí está a estatística do “Eurostat” sobre os níveis salariais horários nos 27 da União Europeia (UE). Para melhor leitura e perceção da evolução temporal desde a “grande crise”, junto abaixo dois gráficos com a ordenação dos países no início (2008) e no final (2023) do período considerado. Olhando em especial o caso português, podemos constatar alguns aspetos de razoável interesse informativo: (i) uma estabilidade em relativa baixa do nosso nível face à média da UE (de 56,5% para 53,5%); (ii) uma ligeira perda no posicionamento classificativo (de 12º para 10º a contar do fim), em resultado de uma ultrapassagem nossa em relação à Grécia e de uma ultrapassagem de três economias (Estónia, Chéquia e Eslováquia) em relação a nós; (iii) uma deterioração do nosso nível salarial em relação aos mais baixos, em notório catching-up (o nível da Bulgária passa de 21,3% para 54,7% de Portugal e o da Roménia de 35% para 64,7%), e uma recuperação moderada do nosso nível salarial comparado ao dos vizinhos e concorrentes espanhóis (de 62,9% para 69,1%) e italianos (de 48,4% para 57%). Continuidade de salários baixos, portanto e como se esperaria (embora com um pendor tenuemente ascendente), e evoluções não particularmente prometedoras perante o principal contexto em que operamos.
sábado, 30 de março de 2024
NÍVEIS SALARIAIS COMPARADOS
(Construção própria a partir de https://ec.europa.eu/eurostat)
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