segunda-feira, 11 de março de 2024

ATORDOAMENTO INCAPACITANTE

Neste “dia seguinte”, confesso a minha impotência de aprendiz de comentarista para ir mais longe do que fazer o apanhado das capas dos principais jornais. Por hoje, pelo menos, na falta de uma adequada assimilação do misto de frisson e susto que marcou a noite eleitoral de ontem. As ditas capas optam por algumas narrativas principais: furacão Chega, um país à direita, vitória frágil ou vitória curta, país partido, procura de governabilidade. O que corresponderia ao essencial factualmente considerado se não deixasse de fora o elemento necessariamente crucial que proveio e provirá do inquilino do Palácio de Belém, um ser que muito rapidamente transformará as suas responsabilidades maiores na instabilidade que o País vai viver nos tempos que aí vêm numa muito própria tese em torno do brilhantismo da visão com que ele virou a página esgotada do “costismo” e abriu um ciclo novo na política portuguesa. E por aqui me fico, deixando por ora quase tudo por dizer quanto ao preocupante estado em que rasteja a nossa democracia no ano dos cinquenta de abril.

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