quarta-feira, 16 de maio de 2018

A SAIR DO POÇO, DEVAGARINHO

(Ilias Makris, http://www.kathimerini.gr)


Cá estou eu com uma das minhas perguntas recorrentes: e como vai a Grécia? Bom, as mais recentes informações que vão sendo do conhecimento público têm um sentido ascensional mas não sem também conterem inúmeros elementos contraditórios. A coligação política no governo lá vai subsistindo numa espera de ainda mais três meses pelo fim do resgate do país por parte dos credores internacionais enquanto a popularidade de Tsipras continua a evidenciar uma queda acentuada, as contas públicas parecem denotar tendência estável enquanto a economia apenas melhora muito gradualmente e o cenário macroeconómico apresenta razões de inquietação, os cidadãos dividem-se entre a anestesia e a revolta (com ou sem fuga) enquanto os indicadores sociais não escondem fraturas significativas, o sistema bancário dá sinais pontualmente positivos (quer a nível dos depósitos, quer em termos de necessidade de recurso aos empréstimos de emergência do BCE – 13,6 mil milhões de euros em março, após uma quebra continuada desde o máximo de 86 mil milhões em 2015 –, quer mesmo em matéria de resposta dos principais bancos aos stress tests internacionais) enquanto os créditos não produtivos (NPL’s) permanecem brutalmente elevados (45% do total). Tudo visto e ponderado, o erguer do país da ruína em que o deixaram (em nome de uma ordem, será?) tem tudo para vir a ser muito trabalhoso, longo e cheio de altos e baixos...

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