(José María Nieto,http://www.abc.es)
Ao assinalar aqui o dia da Europa não viso cumprir a formalidade de celebrar uma data com imensos cambiantes justificadamente suscetíveis de festejo. Porque o que essencialmente pretendo é dar conta pública da crescente inquietação que me vem assaltando quanto à aproximação de um fim para este interregno europeu que temos estado a viver. Com efeito, é tanto e tão potencialmente gravoso o entulho que tem vindo a ser escondido debaixo dos tapetes bruxelenses – das tremuras macroeconómicas que ressurgem às inatacadas fragilidades da arquitetura do euro, da imparável burocracia aos desentendimentos nacionais em torno do orçamento e das perspetivas financeiras comunitárias, do euroceticismo crescentemente exibido aos múltiplos riscos populistas – que não sou efetivamente capaz de augurar grandes perspetivas de continuidade para a atmosfera primaveril em que levianamente esta nossa Europa se deixou mergulhar...
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