terça-feira, 8 de maio de 2018

PUTIN IV

(cartoon de Agustin Sciammarella, http://elpais.com)

Vladimir Vladimirovich Putin tomou esta semana posse pela quarta vez como presidente da República Russa, tendo pelo meio interrompido tal função por razões constitucionais e exercido nesse intervalo de quatro anos o lugar de primeiro-ministro. Se tudo correr dentro da normalidade, no final deste mandato que agora inicia Putin estará perto de ter comandado os destinos da Rússia ao longo de quase um quarto de século (2000-2024). Estamos perante um personagem bastante misterioso quanto aos seus móbeis essenciais, sendo todavia perfeitamente claro que todo o seu percurso e atitudes evidenciam uma mais que notória propensão para uma grande frieza e uma tremenda implacabilidade. Vejam-se os tiques imperialistas que exibe junto dos países vizinhos, o modo como se comporta militarmente em várias zonas do Globo (Síria, em especial), o cinismo com que influencia os destinos dos grandes países do mundo (da eleição de Trump ao “Brexit”, nomeadamente), a forma como arrasa e elimina os seus oposicionistas. Haverá razões sérias para temermos acrescidamente os insondáveis desígnios do líder absoluto e incontestável da Rússia? O que poderá estar na cabeça de Putin para pontuar a sua próxima meia dúzia de anos no poder? Muitas são as perguntas, escassas são as respostas passíveis de algum grau de certeza – o palpite que tenderia a arriscar aponta para um Putin que ainda nos irá presentear com diversas e terríveis maldades e que acabará por ser o último dos atuais poderosos a sair de cena...

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