quinta-feira, 31 de maio de 2018

O QUE É DEMAIS NÃO É MOLÉSTIA?


Para que não se acuse a minha excecional deriva futebolística deste mês de uma qualquer fobia anti sportinguista, aqui estou hoje a reequilibrar a balança com as últimas do por alguns chamado “Estado lampeânico”. Faço-o, aliás, com a agravante de uma assumida retratação pessoal: onde eu, em post passado, assinalei pela positiva o que parecia ser uma mudança estratégica de aplaudir na gestão de um dos grandes emblemas nacionais – ou seja, um Benfica confiante e a saber gozar da sua conquistada hegemonia, orientando-se sobretudo para a sua estabilização financeira de médio prazo e para a aposta e promoção da sua formação de jogadores –, começa cada vez mais a mostrar-se, afinal, um produto fraudulento resultante de opções pouco escrupulosas e até judicializáveis. Assim, e a crer apenas numa pequena parte do que tem sido publicamente divulgado e só envergonhadamente desmentido, eu diria mesmo que o título do campeonato de há dois anos deveria ser objeto de entrega aos verdes da Segunda Circular – glória a Jesus e Bruno, no final de todas as contas e de passagem a bem de um inesperado contributo para uma tão necessária pacificação em Alvalade – e que não ficaria nada mal à imagem do futebol português que os “encarnados” disputassem no próximo ano uma subida à Primeira Liga com o Arouca, o Leixões, o Penafiel, a Académica, o Famalicão, o Paços de Ferreira e os velhos amigos do Estoril. Houvera coragem...

(Henrique Monteiro, http://henricartoon.blogs.sapo.pt)

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