(cartoon de Nuno Saraiva, “Toon”, http://inimigo.publico.pt)
Duas capas irresistíveis – uma é a sério, a outra é a reinar (como se diz na nossa Capital) – sobre aquele que era o grande tema do momento até à entrega de cartão de militante do PS por José Sócrates. Nesta matéria, e alguma reflexão depois, poucas dúvidas existirão já de que se tratou de uma estratégia concertada em nome da salvaguarda político-partidária, uma estratégia “implacável” por parte de um António Costa travestido em “polícia bom” e na qual Fernando Medina fez de “polícia mau”, João Galamba ajudou à missa e Carlos César foi encarregado do “elogio fúnebre”. Até ver, o povo socialista tem estado bastante sereno perante os factos, sobrando as pontuais exceções de alguma velha guarda crescentemente distanciada da realidade (António Campos) e de alguns velhos amigos que nunca deixaram de ser intérpretes acríticos dos desejos do “Chefe” (Renato Sampaio). Sendo mais do que evidente que isto está longe de ter acabado, tudo leva a crer que assim ficou lavrada a definitiva “morte política” de um ex-primeiro-ministro cuja precipitação de “animal ferido” terá vindo integralmente ao encontro das melhores expectativas do atual poder socialista. Quanto a Pinho, essa poderá ainda ser uma história com largos episódios por narrar – a não ser que se possa concluir rapidamente que a mesma apenas releva de uma aflitiva ausência de escrúpulos que, assentando também em dimensões de vaidade e convencimento de impunidade, estará bem mais estritamente alicerçada numa dominante miséria moral...
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