terça-feira, 8 de maio de 2018

O DESASTRE ITALIANO


A Itália é atualmente o patinho feio da Europa Ocidental. Porque nada, rigorosamente nada, corre bem por aquelas paragens. É que nem o futebol escapa, afastada que foi a squadra azzurra do Mundial da Rússia e azaradamente ou arbitralmente derrubadas que também foram as equipas italianas que este ano conseguiram chegar relativamente longe nas competições europeias. Na dimensão política, as eleições legislativas deram o desastroso resultado que se conhece e produziram o doloroso impasse que está à vista. Mas é em matéria económica e social que a situação se mostra mais dramática – ilustrativamente, recorro hoje aos quatro gráficos que sustentam um texto recente de Valentina Romei no “Financial Times” (“Spanish now richer than Italians, IMF data show”), segundo os quais a terceira maior economia da Zona Euro foi em 2017 ultrapassada pela Espanha em termos de nível de riqueza (PIB per capita), já vale menos de 1,5 vezes a economia espanhola (valia 2,5 vezes há três décadas), evidencia uma estagnação do seu crescimento absolutamente gritante e foi relegada para o lugar 33 no ranking das economias nacionais (em termos de PIB per capita), prevendo-se uma continuada quebra para o 37º a cinco anos de vista (de notar que a sua posição era a 18ª em 1997). Por detrás disto tudo está uma visível desestruturação do tecido social, com o desemprego e a emigração (especialmente dos jovens) a pontuarem. Um enorme desastre sem aparentes perspectivas de fim à vista!




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