Enquanto, na decorrência dos inéditos acordos alcançados à escala europeia com vista a um desejável relançamento económico e social do “clube” e de cada um dos seus sócios, a “bazuca” propriamente dita não chega – e sem prejuízo de as reprogramações de dinheiros europeus e do acesso a outras disponibilidades financeiras já andarem por aí a facilitar algumas respostas e a ajudar a manter o País à tona –, os vários tipos de interessados (designadamente em termos políticos ou económicos e em termos partidários, de grupos de pressão ou até pessoais) não param de se posicionar incessantemente em relação à matéria, seja fazendo as juras políticas habituais (é desta!), seja fazendo recordar a imperiosidade de acesso ao seu quinhão (ou mais) por parte dos “suspeitos do costume” (as associações empresariais são particularmente exímias no lóbi!), seja fazendo reservas antecipadas do grosso dos dinheiros da coesão para os mais ricos e melhor servidos (o Interior é conversa para ministérios capazes de promover a animação de cidadãos menos esclarecidos ou o enchimento de ouvidos comunicacionais mais sensíveis!), seja fazendo denúncias relativamente vagas de festa e compadrio (concretizar e comprovar tem certamente menor efeito!).
Ou seja, portanto: incorrigíveis sem remissão como não parecemos querer deixar de ser, cá vamos cantando e rindo com os nossos queridos beneficiários numa espera ansiosamente gritada pelo desembarque dos patacos bruxelenses e, sobretudo, pelo momento da sua efetiva e tanto quanto possível incondicional e pré-combinada distribuição. Porque o que resulta novamente cristalino é que propor e contrapropor dá demasiado trabalho e torna sempre mais difíceis coisas que são afinal tão simples como “isto”!
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