sexta-feira, 15 de janeiro de 2021

VELHA EUROPA, JOVEM ÁFRICA

(Andrés Rábago García, “El Roto”, http://elpais.com)

El Roto pergunta se são as tralhas pandémicas que estão a melhorar ou se somos nós que nos vamos habituando às más notícias (o primeiro-ministro também falou de algo do mesmo género, embora enfatizando ser inaceitável uma normalização do mau). Fui procurar uma resposta clara, esta: começamos o ano de 2021 com uma média próxima das 13 mil mortes diárias no mundo por coronavírus (quando, no final da primeira quinzena de março do ano transato, o número equivalente era pouco superior a 400) – uma autêntica barbaridade, pois! Ao que se acrescenta, no que toca ao continente europeu, um regresso distanciado ao primeiro e pouco honroso lugar nas fatalidades globais (o que também acontecera no arranque da pandemia, mas tinha sido rechaçado entre maio e novembro).

 

Existirão certamente múltiplas explicações para estes números, incluindo as decorrentes de desiguais fiabilidades em termos de registo estatístico, mas haverá uma que é indiscutível: o forte envelhecimento populacional relativo – veja-se, na infografia seguinte, quão mais idosa é a população da “velha Europa” em relação à larga maioria das suas congéneres de outros espaços (exceção feita ao caso especial do Japão); note-se ainda que aquela infografia também ajudará a compreender a menor expressão do impacto pandémico na “jovem África” e em alguns outros territórios asiáticos ou latino-americanos. Embora não estejamos, obviamente, perante nada que nos aproxime de inferências que relevem de ciência exata...


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