sábado, 30 de janeiro de 2021

DIAS MAUS


Vivemos tempos estranhos e tristes. Tempos de uma incerteza quase radical a que nos vamos adaptando conforme podemos, mas sempre necessariamente mal. Ao que acresce que todas as semanas desaparece alguém próximo ou alguém de quem nos sentíamos próximos por alguma razão concreta. Hoje, foi mais um desses dias, começado pela manhã com a notícia da morte, aos 97 anos, de Fernando Aguiar Branco – um advogado do Porto com um invejável percurso cívico, feito de solidariedades e cavalheirismo –, continuado pela tarde com um toque a dar a conhecer a morte de um ilustre desconhecido como Hilton Valentine – afinal, o guitarrista dos “The Animals” cujos acordes em “The House of the Rising Son” soarão na cabeça de muitos de nós para sempre – e terminado já à noite, com uma mensagem completamente inesperada sobre a morte súbita, aos 44 anos, de Bruno Navarro – o amável, dedicado e competente diretor do Museu do Côa com quem tive oportunidade de nestes anos estabelecer diversas pontes em prol da Cultura, assim como do Douro e da Região. Repito-me: dizer mais o quê neste terrível quadro?

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