terça-feira, 26 de janeiro de 2021

LARRY KING

Não poderei afirmar-me como um fã incondicional do apresentador televisivo e entrevistador Larry King (nascido Lawrence Harvey Zeiger, em Nova Iorque (1933) de ascendentes judeus com origem lituana e ucraniana), mas sempre direi que o adotei à distância de tantas vezes que o vi em ação na CNN (onde esteve 25 anos e de onde se afastou em 2010, tendo sido durante vários anos o programa de maior audiência do canal e estimando-se que para ele tenha convidado entre 30 e 50 mil convidados das mais variadas áreas). Em termos profissionais, assim se descreveu um dia: “Faço boas perguntas, oiço as respostas e partir daí faço mais perguntas. Não grito com os convidados. Para muitos apresentadores de talk shows, o convidado está lá para servir o protagonismo deles. Nunca fiz isso. Sempre fiz perguntas simples. Nunca planeei perguntas, nunca as escrevi.” Larry King era generalizadamente percebido como um “homem normal” com algumas extravagâncias, entre uns inseparáveis suspensórios e um especial fanatismo pelo beisebol (e pelos “Los Angeles Dodgers”) e uma forte queda para o “belo sexo” (casou oito vezes, uma delas repetida). Foi vítima do Covid-19 no dia 23 do corrente, após uma hospitalização em final do ano que o levou aos cuidados intensivos e terminou com complicações a que não terá sido alheia a sua já avançada idade. Além de reter bem vivos os ecos daquela sua inesquecível voz possante e rouca, não resisti a encomendar on line a sua autobiografia (“My Remarkable Journey”), escrita em 2009, i.e., pouco antes de ter abandonado a sua insubstituível paixão, a CNN (pese embora o facto de nunca ter largado a atividade desde então). Abaixo, uma escolha emblemática a propósito de Larry King visto pelo traço de um cartunista que sempre acompanhou a sua vida e carreira.

(Dave Granlund, https://www.cagle.com)

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